Zeólitos de Portugal

Lisboa / Monchique 

Lomba dos Pianos, Magoito – Maio de 2018
Lomba dos Pianos, Magoito – Maio de 2018

Introdução

Zeólitos de Portugal é uma breve introdução aos principais locais de Portugal onde algumas Rochas apresentam zeolitização ou na sua génese incluem Zeólitos.

Fig-1 – Mapa geológico simplificado da zona de Lisboa.
Fig-1 – Mapa geológico simplificado da zona de Lisboa.

A principal área onde algumas rochas apresentam características de zeolitização pertence ao complexo vulcânico de Lisboa, onde a atividade ígnea se desenvolveu pela abertura do Atlântico Norte. O complexo vulcânico de Lisboa cobre uma extensão de cerca de 200 km2 entre Lisboa, Sintra, Mafra e Runa. Está instalado entre o Cretáceo superior e o Eoceno inferior, há 72 milhões de anos. Apresenta vários tipos de estruturas (chaminés, drenos, soleiras, diques, etc.) e rochas (basaltos, piroclásticos, brechas, traquitos, etc.). Predomina em geral basaltos, gabros e alguns vulcanitos. Existem vários locais onde a zeolitização se desenvolveu através de vários fatores químicos entre a ascensão da rocha ígnea e o contato com o calcário do Cretáceo. Conforme a Fig-1, todas as áreas de contato entre as cores vermelha (Gabros / Basaltos / Doleritos) e azul (Calcários), eventualmente conduzem à pesquisa de zeólitos. Em referência aos locais onde foi assinalada a zeolitização, pode-se dizer que este fenómeno abrange toda a área à volta de Lisboa com destaque.

 1- Magoito / São João das Lampas, 2- Oeiras, 3- Loures.

1 - Magoito

Lomba dos Pianos - Novembro de 2013
Lomba dos Pianos - Novembro de 2013
Coluna de Dolerito - 5/2018
Coluna de Dolerito - 5/2018

Um local clássico e com destaque neste complexo é a Lomba dos Pianos onde Doleritos em forma de soleiras emergem a norte de Sintra entre as praias de Samarra e Magoito. Apresentam-se com a distância de 3 km junto das falésias acima do nível do mar e com espessura máxima de 20 metros. Neste local as rochas exibem uma curiosa disjunção colunar, lembrando órgãos de igreja e daí o nome "Lomba dos Pianos". Os Doleritos em certos sítios apresentam áreas de intensa zeolitização, com estruturas globulares e radiadas de cores brancas e laranja, as quais foram identificadas de Natrolite e Thomsonite. Em tempos funcionou até ao início dos anos 80 uma pedreira neste local (hoje completamente aterrada). Presentemente ainda é possível recolher algumas amostras, porém é bastante perigoso o acesso à mineralização nas falésias, assim como o acesso ao local está limitado, pois a área entretanto foi toda vedada.

 Falésias dos Pianos, Magoito – Abril de 2006
Falésias dos Pianos, Magoito – Abril de 2006
Doleritos colunares - Novembro de 2013
Doleritos colunares - Novembro de 2013
Lomba dos Pianos - (Vista sobre o Mar) - Maio de 2018
Lomba dos Pianos - (Vista sobre o Mar) - Maio de 2018
Dolerito zeolitizado - Abril de 2006
Dolerito zeolitizado - Abril de 2006
Flora local - Maio de 2018
Flora local - Maio de 2018
Prospeção - Maio de 2002
Prospeção - Maio de 2002
Flora local - Maio de 2018
Flora local - Maio de 2018

Mineralogia

Natrolite/Thomsonite "In Situ" - Abril de 2006
Natrolite/Thomsonite "In Situ" - Abril de 2006

Ao longo dos anos fui recolhendo várias amostras com destaque para a Natrolite, Thomsonite, Analcima, Stilbite, Heulandite, Smectite e Calcite. A zeolitização mais comum da Lomba dos Pianos é a associação em epistaxe maciça e radiada de Natrolite de cor rosada  com Thomsonite branca.

Natrolite, Thomsonite-Ca "epistaxe" - 4x3x2cm
Natrolite, Thomsonite-Ca "epistaxe" - 4x3x2cm
Natrolite, Smectite - 4,5x2x2cm
Natrolite, Smectite - 4,5x2x2cm
Natrolite sobre Analcima - 4x2,5x2cm
Natrolite sobre Analcima - 4x2,5x2cm
Natrolite, Thomsonite-Ca, Smectite - 11x5x5cm
Natrolite, Thomsonite-Ca, Smectite - 11x5x5cm

A Natrolite - Na2Al2Si3O10 · 2H2O - apresenta-se nas cavidades do Dolerito em grupos prismáticos capilares, incolores ou levemente rosados sobre Thomsonite ou Analcima acompanhando às vezes Calcite e Smectite. É comum os cristais de Natrolite penetrarem a Analcima e a Calcite.

Thomsonite-Ca - 8x6,5x2,5cm
Thomsonite-Ca - 8x6,5x2,5cm
Thomsonite-Ca - 12x5x3cm
Thomsonite-Ca - 12x5x3cm
Thomsonite-Ca, Augite - 4x2x2cm
Thomsonite-Ca, Augite - 4x2x2cm
Thomsonite-Ca - 14x10x1cm
Thomsonite-Ca - 14x10x1cm

A Thomsonite-Ca - NaCa2[Al5Si5O20] · 6H2O - quando isolada torna-se estética, apresentando-se em placas, grupos radiados ou globulares e quimicamente é rica em cálcio.

Analcima sobre Calcite - 4x4x2cm
Analcima sobre Calcite - 4x4x2cm
Analcima, Calcite, Natrolite - 7x4x3cm
Analcima, Calcite, Natrolite - 7x4x3cm
Analcima, Natrolite - 3,5x3cm
Analcima, Natrolite - 3,5x3cm
Analcima - 4x3x2cm
Analcima - 4x3x2cm

A Analcima - Na(AlSi2O6) · H2O - apresenta-se em cavidades no encosto entre o Dolerito e o Calcário em agrupamentos de cristais com a configuração de trapezohedro e geralmente acompanha com Natrolite, Calcite, Smectite e mais raramente com Stilbite. 

Heulandite - 5x4,5x4cm
Heulandite - 5x4,5x4cm
Heulandite - cristal com 12mm
Heulandite - cristal com 12mm
Heulandite, Calcite - 5x3cm
Heulandite, Calcite - 5x3cm
Heulandite, Calcite - 6x4x4cm
Heulandite, Calcite - 6x4x4cm

A Heulandite - (Ca,Na)5(Si27Al9)O72 · 26H2O - é menos comum na Lomba dos Pianos e presentemente este zeólito dificilmente é encontrado nas falésias. As representações conhecidas foram recolhidas no início da década de 80, quando a pedreira no local ainda estava ativa. Desenvolve prismas de simetria (010) até 1cm e quase sempre acompanha com Calcite e mais raramente com Stilbite.

Stilbite, Analcima - 3x2,5cm
Stilbite, Analcima - 3x2,5cm
Stilbite - cristal com 10mm
Stilbite - cristal com 10mm
Stilbite, Analcima - 6x3x2cm
Stilbite, Analcima - 6x3x2cm
Stilbite - 7x4x1,5cm
Stilbite - 7x4x1,5cm

A Stilbite - NaCa4(Si27Al9)O72 · 28H2O - é uma raridade na Lomba dos Pianos e presentemente este zeólito dificilmente é encontrado nas falésias. As representações conhecidas foram recolhidas no início da década de 80, quando a pedreira no local ainda estava ativa. Apresenta-se com uma cor laranja vivo com cristais característicos até 1cm e normalmente acompanha a Analcima.

Smectite, Natrolite, Thomsonite-Ca - 7x5cm
Smectite, Natrolite, Thomsonite-Ca - 7x5cm
Smectite, Natrolite, Thomsonite-Ca - 10x7x5cm
Smectite, Natrolite, Thomsonite-Ca - 10x7x5cm

A Smectite é um grupo de minerais das argilas onde se inclui a Saponite com a fórmula química - Ca0.25(Mg,Fe)3((Si,Al)4O10)(OH)2 · nH2O, a qual por norma acompanha nos fenómenos de Zeolitização. Aqui apresenta-se em grânulos num tom cinzento azulado que contrasta esteticamente muito bem com a Natrolite e a Thomsonite. 

Calcite, Heulandite - 7x4cm
Calcite, Heulandite - 7x4cm
Calcite - 5x4cm
Calcite - 5x4cm

A Calcite - CaCO3 - é um carbonato de cálcio que normalmente acompanha os fenómenos de zeolitização. Na Lomba dos  Pianos não é exceção e acompanha normalmente com Natrolite, Analcima e Heulandite.

1 - São João das Lampas

Recolha de Zeólitos - Novembro de 2013
Recolha de Zeólitos - Novembro de 2013
Cavidade "in situ" com 10cm - Novembro de 2013
Cavidade "in situ" com 10cm - Novembro de 2013

Perto do Magoito em São João das Lampas os Basaltos apresentam alguma zeolitização, a qual é visível em alguns taludes na estrada de São João perto da povoação. A zeolitização é amigdaloide e escassa com pequenas cavidades de cristais milimétricos bastante interessantes, contudo a recolha requer um trabalho árduo com utilização da marreta. 

Basalto com amígdalas - Novembro de 2013
Basalto com amígdalas - Novembro de 2013
Afloramento de Basalto zeolitizado - Novembro de 2013
Afloramento de Basalto zeolitizado - Novembro de 2013

Aqui os zeólitos estão normalmente incorporados dentro de calcite a qual preenche completamente as amígdalas mais pequenas, sendo necessário utilizar HCL para desalojar a Calcite e visualizar os silicatos. As cavidades maiores normalmente estão forradas por cristais milimétricos de Thomsonite avermelhada com a configuração prismática clássica em palhetas.

Mineralogia

Natrolite, Thomsonite - 15x10mm
Natrolite, Thomsonite - 15x10mm

As amostras recolhidas com mineralização são: Natrolite, Thomsonite, Analcima, Epistilbite? Smectite e Calcite. A cristalização está dentro do critério do Micromount, sendo necessário o auxílio do microscópio para estudar os edifícios cristalinos. 

Natrolite, Thomsonite - 12x10mm
Natrolite, Thomsonite - 12x10mm
Natrolite, Thomsonite - 10x10mm
Natrolite, Thomsonite - 10x10mm
Natrolite - 4x4x3cm
Natrolite - 4x4x3cm
Natrolite - 20x20mm
Natrolite - 20x20mm

A Natrolite normalmente cobre o interior das cavidades e forma epistaxe com Thomsonite ou Epistilbite ? Apresenta-se em glóbulos radiais com tonalidades róseas, brancas e também em grupos prismáticos incolores com formação posterior à Thomsonite. Acompanha normalmente Calcite, Analcima ou Smectite. 

Thomsonite - 4x3x2cm
Thomsonite - 4x3x2cm
Thomsonite - 2x1,5cm
Thomsonite - 2x1,5cm

A Thomsonite está bem representada neste local e apresenta-se em grupos prismáticos de lâminas retangulares características neste mineral. Esta cristalização em palhetas é clássica na Thomsonite, o que não se verifica com as amostras da Lomba dos Pianos ou de Valejas com aspeto radial e cores claras. Aqui ela apresenta-se em tons avermelhados e raramente mais clara. Acompanha às vezes com Analcima ou Calcite.

Analcima - 5x4x3cm
Analcima - 5x4x3cm
Analcima - 4x4x3cm
Analcima - 4x4x3cm

A Analcima nesta localização ocorre em drusas de cristais até 2,5mm de cor branca ou incolor e geralmente acompanha Calcite, Natrolita, Thomsonita e Smectite. Destaca-se principalmente em cavidades com Smectite.

Epistilbite ? - 2x1,5cm
Epistilbite ? - 2x1,5cm
Epistilbite ? - 5x4x3cm
Epistilbite ? - 5x4x3cm

A Epistilbite ? - CaAl2Si6O16 · 5H2O - desta localização confunde-se com a Thomsonite no aspeto cristalográfico. Apresenta-se em grupos prismáticos de lâminas retangulares como a Thomsonite, com a diferença dos cristais terminarem em cunha e estarem mais dispersos. A coloração é mais clara que a da Thomsonite e varia entre creme e incolor. A identificação é visual através do microscópio e requer uma identificação através de análise química.

Smectite, Analcima - 3x2x2cm
Smectite, Analcima - 3x2x2cm
Smectite, Analcima - 10x6x4cm
Smectite, Analcima - 10x6x4cm

2 - Oeiras

Valejas - Ribeira do Jamor - Novembro de 2012
Valejas - Ribeira do Jamor - Novembro de 2012
Valejas - Afloramento de Basalto - Novembro de 2012
Valejas - Afloramento de Basalto - Novembro de 2012

O concelho de Oeiras no distrito de Lisboa pertencente ao complexo vulcânico de Lisboa e ao longo do tempo na construção de várias estruturas rodoviárias, permite por vezes serem descobertas algumas rochas mineralizadas com zeólitos. Neste contexto existe um local interessante próximo de Valejas onde o basalto se apresenta em blocos e almofadas com textura microscópica e zeolitizado. 

Valejas - Almofadas de Basalto - Novembro de 2012
Valejas - Almofadas de Basalto - Novembro de 2012
Basalto zeolitizado - Novembro de 2012
Basalto zeolitizado - Novembro de 2012

Esta faixa zeolitizada tem aproximadamente 800x30 metros e inicia a jusante da ponte de Valejas da ribeira do Jamor com o sentido mais ou menos NNE-SSW. É atravessada pela estrada de Queluz nº 117 junto da povoação. As cristalizações com zeólitos encontram-se em grupos amigdaloides em que nódulos com mais de 5cm são raros. A mineralização contém basicamente cristalização de Analcima, Natrolite, Thomsonite, Calcite e Smectite. 

Mineralogia

Valejas - Nódulos com zeólitos - Novembro de 2012
Valejas - Nódulos com zeólitos - Novembro de 2012
Analcima, Natrolite - 2x1,5cm
Analcima, Natrolite - 2x1,5cm
Analcima, Natrolite - 9x5cm
Analcima, Natrolite - 9x5cm

A Analcima de Valejas tem mais "corpo" em comparação com a Analcima da Lomba dos Pianos e apresenta-se por vezes levemente rosada com a simetria clássica em trapezoedro. Preenche as paredes ou todo o espaço dos nódulos com calcite. Quase sempre acompanha com Natrolite e às vezes com Thomsonite e Smectite

Analcima, Natrolite, Calcite - 10x7x4cm
Analcima, Natrolite, Calcite - 10x7x4cm
Natrolite, Analcima - 4x3cm
Natrolite, Analcima - 4x3cm

A Natrolite apresenta-se em prismas aciculares e acompanha Analcima, Calcita ou Thomsonite, e por vezes, está revestida com Smectite. Em nódulos menores pode apresentar-se com cristais entrecruzados.

Natrolite, Thomsonite-Ca - 3x1,5mm
Natrolite, Thomsonite-Ca - 3x1,5mm
Natrolite, Analcima, Smectite - 2x1,5cm
Natrolite, Analcima, Smectite - 2x1,5cm
Natrolite - Queijas - 9x6x2cm
Natrolite - Queijas - 9x6x2cm
Natrolite - Queijas - 8x6x4cm
Natrolite - Queijas - 8x6x4cm

Em Queijas, perto de Valejas quando foram feitas as estruturas rodoviárias de acesso ao Estádio Nacional, ficaram descobertas algumas cavidades com Natrolite rosa.


3 - Loures

(Wikipédia) – Cabeço de Montachique, Loures.
(Wikipédia) – Cabeço de Montachique, Loures.

O complexo vulcânico de Lisboa tem uma representatividade notável no concelho de Loures com os basaltos do Cabeço de Montachique. Na vizinhança da povoação de Salemas no concelho de Loures laborou em tempos uma pedreira de calcário no contacto com os basaltos onde é possível verificar zeólitos. A zeolitização local insere-se em brechas vesiculares de origem vulcânica, as quais também se podem observar em corte de estrada na localidade da Ramada em St. António dos Cavaleiros. Esta rocha é rica em pequenas cavidades forradas com Smectite sobre a qual apresenta cristalizações milimétricas alaranjadas de Heulandite-Ca, Chabazite e Ferrierite-Mg.

Mineralogia

Heulandite-Ca, Smectite - 5x4x2,5cm
Heulandite-Ca, Smectite - 5x4x2,5cm
Heulandite-Ca, Smectite - 3,5x3x1,5cm
Heulandite-Ca, Smectite - 3,5x3x1,5cm

A Heulandita-Ca apresenta-se sobre Smectite -(Saponite ?) em grupos de cristais brilhantes até 2,5 mm com uma bela cor alaranjada. 

Ferrierite-Mg - 10x0,5mm
Ferrierite-Mg - 10x0,5mm

Monchique

(Wikipédia) - Maciço Eruptivo de Monchique
(Wikipédia) - Maciço Eruptivo de Monchique

Outro local com alguns zeólitos representativos é mais a sul no Algarve junto do Maciço Eruptivo de Monchique. Este Maciço é intrusivo e alcalino por natureza. A sua atividade teve início há 72 milhões de anos com a abertura do Atlântico Norte no Cretáceo e cobre uma área de 80km2. É constituído quase inteiramente por rochas nefelino-sieníticas, veios aplito-pegmatitos nefelínicos, diques e veios compostos essencialmente por sienito, brechas e gabros ígneos. A intrusão do Maciço causou um halo de contato metamórfico de corneanas com uma largura de 200 metros.

Geologia

Mapa Geológico do Maciço Eruptivo de Monchique
Mapa Geológico do Maciço Eruptivo de Monchique

As rochas sieníticas são compostas essencialmente pelos seguintes minerais principais: Feldspato alcalino, Nefelina, Piroxena e Mica. Os sienitos são rochas bastante densas e pobres em cavidades. Por vezes em veios de pegmatito, aparecem algumas cavidades com cristalizações de Analcima, Natrolite, Gonnardite, Fluorite, Calcite, Aegirina, Ancylite, Calcopirite, Magnetite, Pirite, Pirrotite, Galena, Sodalite e Zircão. De todos estes minerais os mais notáveis são os do grupo dos zeólitos como a Natrolite, a Gonnardite e a Analcima que se apresentam com cristalizações mais desenvolvidas e acentuadas. O estudo e recolha destes minerais fez-se através das pedreiras do Lugar da Nave (ativa) e da Palmeira, (encerrada), ambas localizadas perto de Monchique e que exploram os Sienitos.

Localização

Localização por Satélite das Pedreiras da Nave e Palmeira
Localização por Satélite das Pedreiras da Nave e Palmeira

O acesso às pedreiras da Nave e da Palmeira faz-se através da N266 entre Monchique e Caldas de Monchique no Lugar da Nave. A pedreira da Palmeira está encerrada por motivos ambientais e localiza-se um pouco mais a sul da pedreira da Nave.

Pedreira da Nave

(Wikipédia) - Pedreira da Nave - Vista aérea
(Wikipédia) - Pedreira da Nave - Vista aérea
Pedreira da Nave - Sienitos - Setembro de 2007
Pedreira da Nave - Sienitos - Setembro de 2007
Pedreira da Nave - Perfuração - Setembro de 2007
Pedreira da Nave - Perfuração - Setembro de 2007
Pedreira da Nave - Britadeira - Setembro de 2007
Pedreira da Nave - Britadeira - Setembro de 2007

Mineralogia

Analcima - Cristal com 2cm
Analcima - Cristal com 2cm
Analcima - 3x2x1,5cm
Analcima - 3x2x1,5cm

A Analcima destaca-se dos demais minerais pelo tamanho dos cristais que podem atingir mais de 1cm. Os cristais são característicos e normalmente apresentam-se em grupos numa cor branca ou levemente coloridos em cinzento rosa translúcido. Acompanha Feldspato alcalino, Natrolite e Aegirina.

Natrolite, Gonnardite - 6x3x2cm
Natrolite, Gonnardite - 6x3x2cm
Natrolite, Gonnardite - 4x2x1cm
Natrolite, Gonnardite - 4x2x1cm

A Natrolite / Gonnardite da pedreira do Lugar da Nave apresenta-se em geodes com cristais prismáticos até 10cm, revestindo totalmente as cavidades. Forma epistaxe com a Gonnardite através da camada externa dos cristais com cor branca. O interior incolor dos cristais é de Natrolite. Com a desidratação os cristais vão-se tornando progressivamente em Gonnardite com a desvantagem das amostras se destruírem ao toque.

Natrolite - 6x3x3cm
Natrolite - 6x3x3cm
Natrolite - Cristal com 4mm
Natrolite - Cristal com 4mm

A Natrolite recolhida nesta pedreira em 1976, apresenta cristais com prismas curtos translúcidos até 0,5 cm e com a simetria bem definida.

Pedreira da Palmeira

(Wikipédia) - Pedreira da Palmeira - Vista aérea
(Wikipédia) - Pedreira da Palmeira - Vista aérea
(Wikipédia) - Pedreira da Palmeira
(Wikipédia) - Pedreira da Palmeira

Mineralogia

Analcima, Natrolite, Pirite - 5x3x3cm
Analcima, Natrolite, Pirite - 5x3x3cm
Analcima, Natrolite - 3,5x3x2cm
Analcima, Natrolite - 3,5x3x2cm
Analcima, Estroncianite, Pirite - 4x3x2,5cm
Analcima, Estroncianite, Pirite - 4x3x2,5cm
Analcima, Estroncianite, Pirite - 4x2,5x2,5cm
Analcima, Estroncianite, Pirite - 4x2,5x2,5cm

Os exemplares com Analcima recolhidos em Novembro de 2009 na pedreira Palmeira nº 2 foram objeto de estudo e revelaram alguns minerais acessórios como a Estroncianite, Pirite e outros mais raros como a Gaidonnayite, Burbankite e Hilairite.

Natrolite - 12x7x6cm
Natrolite - 12x7x6cm
Natrolite - cristal com 17mm
Natrolite - cristal com 17mm

A Natrolite da pedreira da Palmeira foi recolhida em Novembro de 2009 de uma pequena cavidade, apresentando-se em grupos de cristais prismáticos alongados e incolores com dois estágios de crescimento distintos.

Martins da Pedra

Referências:

Lomba dos Pianos quarry, Magoito, São João das Lampas e Terrugem, Sintra, Lisbon, Portugal (mindat.org)

Valejas, Carnaxide e Queijas, Oeiras, Lisbon, Portugal (mindat.org) 

Lugar da Nave quarry, Nave, Monchique, Monchique, Faro, Portugal (mindat.org)