Serra da Mina e do Rosalgar

Cercal do Alentejo

Serra da Mina - Entrada das Instalações - Setembro de 2007
Serra da Mina - Entrada das Instalações - Setembro de 2007

Introdução

No final da década de 80 do século passado, tive o primeiro contacto com as minas do Cercal na cidade do Barreiro onde vivo desde 1985. Foi através de algumas amostras de minério de ferro (Goethite) que recolhi na altura em ramal ferroviário desativado, junto da Ponte dos Ingleses. O terminal do Barreiro (Ponte dos Ingleses), teve a autorização para ser construído em 1 de Fevereiro de 1872 a pedido do britânico John Douthat. Na mesma altura foi ligado um ramal ferroviário através da linha do Sul e Sueste para a saída do minério da mina dos Monges (Montemor o Novo), então explorada pela firma Cartaxo, Street & Col. Este minério era descarregado na Ponte dos Ingleses para seguir por via fluvial até Inglaterra. Mais tarde foi construída uma ponte ferroviária ao lado da Ponte dos Ingleses, ficando esta para outras cargas e descargas, vindo mais tarde a desaparecer em 1995 com a inauguração do novo terminal rodo-fluvio-ferroviário do Barreiro. A ponte e linha ferroviária (hoje desaparecidas), ligava o concelho do Barreiro ao concelho do Seixal em cujo ramal era transportado o minério de ferro das minas do Cercal com destino à Siderurgia Nacional. A referência interessante destas Goethites levaram-me a visitar as minas do Cercal em 2000, mais concretamente a Serra da Mina, a qual ao longo dos anos tenho visitado assiduamente para o estudo e recolha de amostras. 

Ponte dos Ingleses, Barreiro – (CMB) - 1940
Ponte dos Ingleses, Barreiro – (CMB) - 1940
Ponte Ferroviária - Barreiro / Seixal - 1960
Ponte Ferroviária - Barreiro / Seixal - 1960

Localização

Localização das minas por satélite
Localização das minas por satélite

A localização da Serra da Mina e Serra do Rosalgar, ambas demarcadas a vermelho, situam-se a SW da povoação do Cercal do Alentejo, concelho de Santiago do Cacém e distrito de Setúbal. A Serra da Mina situa-se a 4Km do Cercal e o acesso faz-se pela N390 em direção a Vila Nova de Milfontes, nas coordenadas limite entre os distritos de Setúbal e de Beja. Neste local exato encontra-se à direita caminho com acesso às instalações da mina e ao cume da Serra. Para a mina do Resalgar é seguir o trilho da Rota Vicentina, o qual passa junto da entrada das instalações da mina. Presentemente o acesso ao local das minas está vedado e as bocas de mina estão fechadas com gradeamento.

Geologia

Faixa Piritosa Ibérica. Sítios mineiros principais: Salgadinho (Cercal); Neves Corvo; Aljustrel; Lousal; Caveira; São Domingos, Chança e Montinho – (LNEG)
Faixa Piritosa Ibérica. Sítios mineiros principais: Salgadinho (Cercal); Neves Corvo; Aljustrel; Lousal; Caveira; São Domingos, Chança e Montinho – (LNEG)

A serra do Cercal (341m) eleva-se da morfologia mais suave circundante e terá a sua origem na combinação de vários factores. Destes, destaca-se a conjugação de movimentos tectónicos com a erosão diferencial de rochas com diferentes durezas e resistência à erosão. Os movimentos tectónicos em falhas desta região fizeram abater o bloco a W da serra do Cercal, onde se implantou a Planície Litoral Ocidental. A erosão diferenciada nas rochas vulcânicas de elevada dureza, acentuou o relevo desta serra, por contraste com o substrato envolvente de origem xistenta e grauvacóide, mais fácil de erodir. Os Jazigos de Ferro e Manganês do qual faz parte a Serra da Mina, geologicamente, fazem parte da faixa Ferro-Manganífera do Cercal-Odemira, com ± 50x10km e orientação N-S, que se estende desde a Serra do Cercal até perto de Odeceixe (Carvalho: 1971; 65). Por razões de ordem estratigráfica, petrológica e metalogénica, a faixa Ferro-Manganífera deve considerar-se parte integrante da Faixa Piritosa Ibérica (Carvalho: 1975; 235), nomeadamente na transição metalogénica representada no Salgadinho (Cercal) e que segue até Rio Tinto na Andaluzia em Espanha. Na FPI portuguesa integram-se as explorações ativas das minas de Aljustrel e Neves-Corvo e outras hoje esgotadas ou abandonadas como as da Caveira, Lousal, Montinho, Chança, S. Domingos, Barrigão etc. 

Concessões mineiras da zona do Cercal do Alentejo – (LNEG)
Concessões mineiras da zona do Cercal do Alentejo – (LNEG)

Na região da faixa Ferro-Manganífera do Cercal-Odemira foram definidas mineralizações de ferro e Manganês de 5 tipos (Gomes 1957, Carvalho 1971): jazigos filonianos, mineralizações de tipo estratóide associadas a jaspes e sedimentos Vulcano génicos, impregnações em xistos, arenitos cenozoicos com cimento ferro-manganífero e crostas de estrutura pisolítica. Os jazigos filonianos são os mais importantes, salientando-se entre eles as minas da Serra da Mina e Rosalgar (ambas demarcadas a vermelho no mapa acima exposto). Os jazigos explorados são constituídos por filões de óxidos de Fe e Mn, Barite e Quartzo, com possança máxima de 18 m e extensão em superfície por vezes superior a 5 km (Carvalho 1971, Matos e Rosa 2001). Estes filões encontram-se instalados em falhas tardi-variscas de direção NE-SW e pendor 45º a 65º para SE, localizadas no sector setentrional do Antiforma do Cercal.

Filão da Serra da Mina – Perfil longitudinal – (LNEG)
Filão da Serra da Mina – Perfil longitudinal – (LNEG)
Filão da Serra da Mina – Perfil transversal – (LNEG)
Filão da Serra da Mina – Perfil transversal – (LNEG)

História

Concessões Mineiras do Cercal – (SFM) - 1946
Concessões Mineiras do Cercal – (SFM) - 1946

A faixa costeira entre o Cercal do Alentejo e o sul de Odemira foi, desde tempos remotos, alvo de trabalhos de exploração de minérios de ferro e talvez cobre e prata, como provam a existência de escavações a céu aberto, galerias e escoriais atribuídos ao período romano. O estudo destes vestígios permitiram alargar o horizonte cronológico com varias explorações mineiras desde a Idade do Ferro ao período islâmico e Idade Média (v. Grangé 2009; Vilhena & Grangé 2011). Uma atividade intensa que esmoreceu nos séculos seguintes, a avaliar pela leitura das Memórias Paroquiais de 1758 transcritas por António Quaresma, como exemplifica a resposta de Fr. Bento Dias Barreto, pároco de Vila Nova de Milfontes: "(…) não há na dita serra [do Cercal] mina alguma de género algum de metais; nem materiais nem canteiras de pedras de qualidade alguma, mais do que pedras toscas e grosseiros penhascos que só poderiam servir desfeitas para paredes" (Quaresma 2006: 250-306). 

As litologias do Complexo Vulcano-Sedimentar são as que concentram a maioria das antigas concessões mineiras, a maioria das quais requerida na segunda metade do séc. XIX. Estes indícios justificaram um amplo trabalho de cartografia geológica, geofísica e geoquímico desenvolvido pelo Serviço de Fomento Mineiro (SFM) entre 1942 e 1956. Na década de 50 do século passado encontravam-se reconhecidas 128 minas, estando 17 concessões do Banco Burnay com lavra suspensa, 19 concessões abandonadas e 92 em situação de campo livre. A exploração dos filões envolveu vários polígonos de concessão mineira como Serra da Mina (nº 33) de 26-06-1867, Serra do Rosalgar (nº 34) de 27-06-1867, Serra das Tulhas (nº 95) de 10-01-1874; Toca do Mocho (nº 96) de 10-01-1874 e Herdade da Mandurelha (nº 615) de 20-11-1913. 

Entre 1959 e 2001 a mina foi explorada pela EMSC – concessão Serra do Cercal nº C-78 de 05-12-1997. Com o encerramento em Paio Pires, do alto-forno da Siderurgia Nacional (SN) em Março de 2001, a Empresa Mineira da Serra do Cercal (EMSC) concluiu nesse ano a sua atividade extrativa, por falta de escoamento dos minérios de ferro e manganês produzidos na mina do Rosalgar. A exploração decorria com sucesso, numa escala muito pequena (cerca de 24000t de minério/ano), adequada ao único cliente da empresa, a Siderurgia Nacional. O fim da mina deveu-se exclusivamente a este fator, tendo sido reconhecidas reservas em profundidade durante trabalhos de prospeção realizados pela EMSC na década de 90 (Albardeiro e Costa 1998, Matos e Rosa 2001).

Serra da Mina - Trabalhos

Serra da Mina - Corta - Junho de 2002
Serra da Mina - Corta - Junho de 2002
Serra da Mina - Entrada da Corta - Junho de 2002
Serra da Mina - Entrada da Corta - Junho de 2002

Os trabalhos na Serra da Mina foram desenvolvidos de inicio com o desmonte a céu aberto "Corta" próximo do cume da serra e por trabalhos subterrâneos divididos por três pisos com galerias poços e travessas. As galerias do 1º nível foram desenvolvidas a partir da Corta. Estas encontram-se com derrocadas sem acesso aos níveis inferiores da mina. As principais bocas de mina localizam-se no 3º nível com uma entrada dentro das instalações da mina e a outra junto da estrada N390 a seguir ao desvio de acesso à Serra da Mina. A boca de mina do 2º nível situa-se mais acima a meio da serra por cima do nível que tem a boca junto da N390. O minério desmontado nos níveis superiores era canalizado por gravidade para o 3º nível através de chaminés de evacuação com transporte e saída em vagonetas.

Entrada de galeria na Corta - Junho 2002
Entrada de galeria na Corta - Junho 2002
Galeria na Corta - 1º nível - Junho de 2002
Galeria na Corta - 1º nível - Junho de 2002
Galeria de entrada do 2º nível – Setembro de 2012
Galeria de entrada do 2º nível – Setembro de 2012
Passagem do 2º para o 3º nível – Setembro de 2012
Passagem do 2º para o 3º nível – Setembro de 2012
Vagoneta, 2º nível – Agosto de 2018
Vagoneta, 2º nível – Agosto de 2018
Morçego - 2º nível - Outubro de 2012
Morçego - 2º nível - Outubro de 2012
Boca principal (3º nível) - N390 – Setembro de 2007
Boca principal (3º nível) - N390 – Setembro de 2007
Instalações da Serra da Mina – Setembro de 2007
Instalações da Serra da Mina – Setembro de 2007
Caixotes com amostras de prospecção – Setembro de 2007
Caixotes com amostras de prospecção – Setembro de 2007
Boca de entrada - Instalações - Setembro de 2007
Boca de entrada - Instalações - Setembro de 2007

Mineralogia

Pirolusite "in Situ" 2x2m - 2º nível - Outubro de 2012
Pirolusite "in Situ" 2x2m - 2º nível - Outubro de 2012
Prospeção - 2º nível - Março de 2018
Prospeção - 2º nível - Março de 2018

Os minerais com maior representação da Serra da Mina e Rosalgar são sem dúvida os Óxidos e Hidróxidos de Fe e Mn com destaque para a Goethite, Hematite, Pirolusite, Psilomelane e Criptomelane. Da ganga tem referencia o Quartzo, Calcedónia e Barite. Minerais menos comuns com alguma representação são a Corkite, Plumbojarosite e Siderite, com representação rara são a Malaquite e Piromorfite, .  

Goethite – 10x5x4cm
Goethite – 10x5x4cm
Goethite – 14x11x6cm
Goethite – 14x11x6cm

Goethite - α-Fe3+O(OH) – Este hidróxido de ferro é o principal mineral (minério) que justificou economicamente a exploração das minas do Cercal. Na Serra da Mina apresenta-se através do veio principal em todos os pisos com varias características estéticas, das quais destaca-se a botrioidal com fratura concoidal, estalactítica, grupos arborescentes irisados etc. Acompanha todos os outros minerais com destaque para a Pirolusite e Psilomelano.

Goethite – 7x4x2,5cm
Goethite – 7x4x2,5cm
Goethite – 7x7x5cm
Goethite – 7x7x5cm
Goethite – 11x8x5cm
Goethite – 11x8x5cm
Goethite – 8x6x4cm
Goethite – 8x6x4cm
Pirolusite, Goethite – 12x10x4cm
Pirolusite, Goethite – 12x10x4cm
Pirolusite - 2x1,5x1cm
Pirolusite - 2x1,5x1cm

Pirolusite - Mn4+O2 – Este dióxido de manganês é o segundo mineral minério das minas do Cercal. Na Serra da Mina a Pirolusite apresenta-se polvorenta, terrosa ou massas cristalizadas de brilho metálico em veios e bolçadas a acompanhar a Goethite. A representação cristalográfica está entre as melhores do mundo para esta espécie, devido ao comprimento dos cristais que atingem alguns centímetros. Este mineral do grupo do Rútilo cristaliza no sistema tetragonal e nesta mina apresenta-se normalmente em grupos capilares em forma de leque ou massas radiantes. Os cristais podem chegar aos 5cm por vezes entroncados e terminados. Em alguns locais apresenta configuração cristalográfica diferente do habitual em prismas curtos deitados sobre a matriz. Pelas características apresentadas a Pirolusite da Serra da Mina é apreciada por colecionadores de minerais e digna de ser apreciada em qualquer vitrina de Museu.  

Pirolusite, Goethite – 5x3x2,5cm
Pirolusite, Goethite – 5x3x2,5cm
Pirolusite, Goethite – 8x6x4cm
Pirolusite, Goethite – 8x6x4cm
Pirolusite - 9x7x6cm
Pirolusite - 9x7x6cm
Pirolusite, Goethite – 6x5x3cm
Pirolusite, Goethite – 6x5x3cm
Criptomelano – 6x5x3cm
Criptomelano – 6x5x3cm
Criptomelano – 4x3x2cm
Criptomelano – 4x3x2cm

Criptomelano - K(Mn4+7Mn3+)O16, localiza-se em locais tipificados de fumarolas hidrotermais de origem vulcânica. Estas estruturas remanescentes de cor negra localizam-se em alguns pontos da ganga do veio de Goethite da mina. Apresenta-se em crostas facilmente desagregáveis. Algumas amostras recolhidas apresentam camada superficial polvorenta de Hematite.  

Criptomelano, Hematite – 7x4x2,5cm
Criptomelano, Hematite – 7x4x2,5cm
Criptomelano, Hematite – 11x6x3cm
Criptomelano, Hematite – 11x6x3cm
Quartzo – 10x5x4cm
Quartzo – 10x5x4cm
Calcedónia – 6x3x2cm
Calcedónia – 6x3x2cm

Quartzo – SiO2 – Apresenta-se no encosto do veio de Goethite associado com Barite. As melhores representações são criptocristalinas através da Calcedónia. 

Calcedónia, Goethite – 14x9x5cm
Calcedónia, Goethite – 14x9x5cm
Calcedónia – 8x5x4cm
Calcedónia – 8x5x4cm
Barite - 11x7x6cm
Barite - 11x7x6cm
Barite sobre Criptomelano - 10x5mm
Barite sobre Criptomelano - 10x5mm

Barite - BaSO4 -Este mineral apresenta-se em massas de veios com dimensão expressiva a acompanhar o filão de Goethite. As cristalizações são milimétricas, confundindo-se com a Calcedónia que normalmente está associada.

Corkite sobre Goethite - 8x7x3cm
Corkite sobre Goethite - 8x7x3cm
Corkite - 5mm visão
Corkite - 5mm visão

Corkite - PbFe3(PO4)(SO4)(OH)6 - Este mineral apresenta-se em cristais milimétricos com alguma expressão no 3º nível. Aqui podem atingir os 3mm em coloração negra e brilhante (lembrando pulgas) e também em tons de castanho.

Plumbojarosite - 15x10mm
Plumbojarosite - 15x10mm
Plumbojarosite, Goethite - 6x5x4cm
Plumbojarosite, Goethite - 6x5x4cm

Plumbojarosite - Pb0.5Fe3+3(SO4)2(OH)6 - Esta espécie é menos representativa que a Corkite e tem a mesma paragénese. As duas espécies por vezes estão interligadas e confundem-se. Apresenta-se em crostas e cristais milimétricos. Tem uma coloração amarelada.

Siderite, Goethite - 5x4x3cm
Siderite, Goethite - 5x4x3cm
Siderite - 7x5x5cm
Siderite - 7x5x5cm

Siderite - FeCO3 - Foi localizada num pilar do 2º nível e forma pseudomorfose com Goethite. Tem pouca representatividade.

Malaquite, Goethite - 6x5x4cm
Malaquite, Goethite - 6x5x4cm
Piromorfite, Goethite - 7x6x2,5cm
Piromorfite, Goethite - 7x6x2,5cm

A Malaquite e a Piromorfite foram encontradas nas instalações da Serra da Mina e desconhece-se o nível a que pertencem.


Rosalgar - Trabalhos

Planta da Mina do Rosalgar - (SFM) - 1947
Planta da Mina do Rosalgar - (SFM) - 1947

Os trabalhos de extração de minério no Rosalgar foram primeiramente feitos por cortas que hoje atingem grandes desníveis e mais tarde por meio de vários poços e galerias. Os filões de óxidos de Fe/Mn são dois e como se pode ver na carta localizam-se nas cumeadas e estão separados por um vale com caminho vicinal. O filão A é o mais importante e por isso mais trabalhado. Aflora na Herdade da Cela no cimo de cabeços elevados com desníveis de 50m, onde a mineralização é mais rica e tem maior pujança .  

Filão A - Perfil Longitudinal - (SFM) - 1947
Filão A - Perfil Longitudinal - (SFM) - 1947
Galeria da Cela - (SFM) - 1947
Galeria da Cela - (SFM) - 1947

Os trabalhos de maior importância concentraram-se na Herdade da Cela onde foi aberta galeria com a extensão de 165m até ao filão. Neste filão para além da abertura da galeria da Cela, foram abertas ao longo do filão cinco galerias e vários poços inclinados para a extração do minério. 

Entrada das instalações - Setembro de 2007
Entrada das instalações - Setembro de 2007
Escritório da mina - Setembro de 2007
Escritório da mina - Setembro de 2007
Cela - Boca de entrada - Setembro de 2007
Cela - Boca de entrada - Setembro de 2007
Galeria de entrada da Cela - Setembro de 2007
Galeria de entrada da Cela - Setembro de 2007
Galeria com abatimento - Setembro de 2007
Galeria com abatimento - Setembro de 2007
Local da Stª. Bárbara - Setembro de 2007
Local da Stª. Bárbara - Setembro de 2007
Britagem do minério - Agosto de 2000
Britagem do minério - Agosto de 2000
Transporte de minério - Agosto de 2000
Transporte de minério - Agosto de 2000

A mina do Rosalgar trabalhou até 2001, encerrando neste ano por falta de escoamento de minério para a Siderurgia Nacional. Em 2001 a Siderurgia em Paio Pires por motivos ambientais encerrou o Alto Forno (alimentado a carvão) onde o minério do Cercal era processado.  A administração da Siderurgia decidiu modernizar-se com um  Forno elétrico e pela reciclagem de sucata de Ferro mariotariamente importada e descarregada no cais da antiga Quimigal no Barreiro, sendo esta depois transportada para a Siderurgia por via terrestre. 

Mineralogia  

Goethite - 4x3x2cm
Goethite - 4x3x2cm
Goethite - 17x12x10cm
Goethite - 17x12x10cm

A mineralização é idêntica à Serra da Mina com a exceção da Hematite onde aqui encontrei amostras com maior representação. 

Hematite - 8x6x2cm
Hematite - 8x6x2cm
Hematite - 4x3cm
Hematite - 4x3cm
Criptomelano – 4x4x2cm
Criptomelano – 4x4x2cm
Psilomelano - 4x4x2cm
Psilomelano - 4x4x2cm
Pirolusite, Goethite - 10x10mm
Pirolusite, Goethite - 10x10mm
Pirolusite - 5x4x3cm
Pirolusite - 5x4x3cm
Barite - 3,5x3x0,5 cm
Barite - 3,5x3x0,5 cm
Barite - 3x2x0,5 cm
Barite - 3x2x0,5 cm


Martins da Pedra

Referências: 

Serra da Mina Mine, Cercal do Alentejo, Santiago do Cacém, Setúbal, Portugal (mindat.org) 

Serra do Rosalgar Mine, Cercal do Alentejo, Santiago do Cacém, Setúbal, Portugal (mindat.org)