Mina Miguel Vacas

Vila Viçosa

Vista da Mina - Março de 2006
Vista da Mina - Março de 2006

Mina do amanhecer com pedras verdes. 

Mina na quietude do mármore branco. 

Mina de brilhos e ecos sobre a água.  

Mina de silêncios de cobre e de vinho Borba. 

Introdução

A primeira visita que fiz à Mina de Miguel Vacas, foi em Agosto de 1998 depois de receber uma amostra de libethenite do meu amigo Eng.º Carlos Marques, grande conhecedor e colecionador desta mina dos anos 80 do século passado, a qual ainda laborava. Desde então perdi as vezes que visitei esta mina para recolher amostras, seja sozinho ou acompanhado, a visita é sempre diferente porque descobre-se algo novo ou diferente. A mina está em propriedade privada e a permissão deve ser solicitada. Atualmente a coleta de amostras é complicada, pois o acesso de carro é restrito à mina e hoje as escombreiras ricas em amostras estão a servir como depósito de resíduos de mármore. O melhor local de coleta é principalmente no veio de quartzo quando o nível do lençol freático permite.

Pedreira de Mármore Cochicho - Março de 2006
Pedreira de Mármore Cochicho - Março de 2006
Entrada da Mina - Agosto de 2011
Entrada da Mina - Agosto de 2011
Central de britagem do minério – Setembro de 1998
Central de britagem do minério – Setembro de 1998
Escombreiras – Setembro de 1998
Escombreiras – Setembro de 1998
Tanque de precipitação do Cobre – Setembro de 1998
Tanque de precipitação do Cobre – Setembro de 1998
Aspeto em Março de 2006
Aspeto em Março de 2006
Britagem de Mármore em M. Vacas - Novembro de 2004
Britagem de Mármore em M. Vacas - Novembro de 2004
Escombreira maior – Março de 2006
Escombreira maior – Março de 2006

Localização

Localização por Satélite
Localização por Satélite

A mina de Miguel Vacas está situada perto da povoação de Pardais junto à pedreira de mármore Cochicho. Esta povoação do distrito de Évora situa-se a sudeste de Vila Viçosa e a cerca de 200 km de Lisboa. Toda esta região pertence ao anticlinal Sousel-Estremoz-Alandroal, e atualmente é economicamente famosa pelas numerosas pedreiras de mármore em exploração na região. No passado nesta região, a economia industrial baseava-se na exploração mineira do cobre, como comprovam as várias minas e pequenas concessões que se estendem nesta região até à vila de Barrancos.

Geologia

Mapa Geológico com o nome de Mina dos Vieiros e erradamente assinalada com o símbolo de Fe
Mapa Geológico com o nome de Mina dos Vieiros e erradamente assinalada com o símbolo de Fe

A jazida de cobre da Mina Miguel Vacas está localizada na Faixa Sousel–Barrancos da Zona Ossa-Morena em Xistos e Filitos Silúricos próximo ao contato com um afloramento lenticular do grupo de Vila Viçosa, pertencente principalmente ao Câmbrico. Estas rochas são compostas por Xistos, Quartzitos e Calcários. O metamorfismo em rochas calcárias levou à formação de um imponente depósito de Mármore amplamente explorado. A jazida da mina corresponde a um sistema de estrutura em filões preenchido com quartzo e carbonatos, sub-vertical com a direção NNW-SSE e sub-concordante com a estrutura regional. A jazida está inserida em formações metassedimentares (Xistos pretos e cinzentos, com Liditos intercalados). Estende-se por mais de 2 km de comprimento com espessura variável (10 a 20 m). Em Miguel Vacas é possível observar duas tipologias de minério completamente diferentes, minério primário e minério supergênico. O minério primário é composto por calcopirite, pirite, arsenopirite e gersdorfite. Em todas as secções expostas, todos os vestígios dos Sulfuretos foram obliterados em Óxidos e Hidróxidos de ferro e manganês. Esta zona oxidada bem desenvolvida é derivada de grandes veios de sulfuretos contidos na falha principal. O minério supergênico consiste em malaquite, azurite, pseudomalaquite, libethenite, Brochantite, cuprite, calcocite, digenite, anilite, djurleite, covelite, bornite, cobre nativo, wittichenite, cuprobismutite, emplectite, bismutinite, bismuto nativo e mais raramente rútilo.

História

Fig. 1 -Planta dos trabalhos a céu aberto da bancada 363 com intercepção das galerias nos 42m de profundidade – Julho de 1985
Fig. 1 -Planta dos trabalhos a céu aberto da bancada 363 com intercepção das galerias nos 42m de profundidade – Julho de 1985

Provavelmente os romanos trabalharam o cobre neste distrito, mas atualmente não há evidências arqueológicas aqui que comprovem algum trabalho romano. De facto, a exploração do cobre pode ter sido feita antes da ocupação romana, estudo reportado por (Cerveira. 1972). No que diz respeito à atividade mais recente, a única informação que se descobriu consta de relatórios internos da empresa mineira, agora nos arquivos da Direção Geral de Geologia e Minas em Lisboa (Metello, 1925; Cerveira, 1972; Silveira, 1986). Um contrato de exploração para o depósito foi concedido a J. Norton Nogueira em 1922 e transferido para G.F.Norton & Co., em 1923.

Foi então iniciado um programa de desenvolvimento para exploração da jazida por esta última empresa, que implicou a abertura de galerias numa extensão de aproximadamente 1000m distribuídas em dois níveis. Três poços para ventilação e extração também foram desenvolvidos para acessar o veio abaixo dos 30 m e 42 m (Fig. 1 - Galerias). Registou-se fraca e irregular produção até que o empreendimento encerrou as suas operações em 1940 e a mina foi declarada abandonada em 1943. Adriano Domingos Galo assumiu a concessão em 1948 e a American Smelting and Refining Co. realizou trabalhos exploratórios limitados. Entre 1950 e 1953 foram produzidas pequenas quantidades de concentrados e a concessão foi transferida em 1956 para a Empresa de Mineração, SARL. A exploração prosseguiu irregular com várias avaliações da jazida, algumas das quais foram realizadas pela empresa canadiana Mining Exploration International.

Plano da Mina Miguel Vacas de todos os trabalhos realizados após 1985
Plano da Mina Miguel Vacas de todos os trabalhos realizados após 1985

Em 1979 a concessão foi adquirida pela empresa MINARGOL (Complexo Mineiro de Arcozelo) que procedeu à prospecção da jazida e à volta desta. Como resultado, as operações foram iniciadas com desmonte a céu aberto na zona oxidada da jazida com o objectivo de lixiviar o minério. Esta empresa no desenvolvimento deste trabalho de extracção, contribuiu extraordinariamente para o desenvolvimento do concelho. Assim adquiriu vários imóveis adjacentes para facilitar não só a exploração mineira, mas também a instalação de anexos administrativos como: laboratório, armazém, oficinas, serviços médicos e sociais gerais, balneários e instalações sanitárias. Em 1985 a exploração teve a seguinte distribuição de pessoal:

Serviços Gerais -145; Exploração – 143; Triturador – 30; Laboratório – 40; Lixiviação – 365; Serviços Electromecânicos -125.

Em Setembro de 1986, a exploração foi totalmente abandonada devido aos altos custos operacionais em relação ao preço do cobre no mercado internacional. A partir deste ponto toda a zona de oxidação desmontada foi completamente inundada por falta de manutenção adequada, e a mina fechou definitivamente em Março de 1990.

Vista de Satélite do plano da Mina Miguel Vacas inundada
Vista de Satélite do plano da Mina Miguel Vacas inundada
Vista da Mina Miguel Vacas em Março de 1994
Vista da Mina Miguel Vacas em Março de 1994

Mineralogia

Minerais secundários de cobre encontram-se no veio de quartzo e brechas de quartzo e xisto adjacentes a este. Em profundidades até 30m, pouca mineralização de cobre está presente. A riqueza mineralógica da zona de cementação está confinada a profundidades superiores a 35 m nos níveis mais profundos e que foi explorada a céu aberto. Em Julho de 1985, a bancada 363 mais profunda da mina com desmonte a céu aberto, cruzou o nível dos 42 m dos antigos trabalhos subterrâneos, expondo a riqueza mineralógica dos minerais secundários de cobre da mina Miguel Vacas. A Fig - 1 mostra a geologia da bancada juntamente com a projeção da obra no nível dos 42 m.

Bancada 380 - Zona de alteração ao veio de Quartzo - Agosto de 2015
Bancada 380 - Zona de alteração ao veio de Quartzo - Agosto de 2015
Veio do Quartzo - Novembro 2023
Veio do Quartzo - Novembro 2023
Recolha de minerais – Março de 2006
Recolha de minerais – Março de 2006
Desmonte de Bloco de Quartzo com Libethenite - Setembro de 1998
Desmonte de Bloco de Quartzo com Libethenite - Setembro de 1998

Os minerais secundários de cobre com maior representatividade são a Libethenite, Pseudomalaquite, Malaquite, Azurite, etc, seguidos de outros fosfatos de Cu, Fe e Al conforme se segue:

Libethenite - 13x7x5cm
Libethenite - 13x7x5cm
Libethenite - 4x3x2cm
Libethenite - 4x3x2cm
Libethenite, Quartzo - 4x2x2cm
Libethenite, Quartzo - 4x2x2cm
Libethenite, Quartzo – 2,5x2,5x2cm
Libethenite, Quartzo – 2,5x2,5x2cm

A Libethenite - Cu2(PO4)(OH) é o primeiro mineral secundário de cobre a formar-se. Os maiores cristais foram encontrados na extremidade sul da bancada 363. Aqui a Libethenite cristalizou na zona de cisalhamento do xisto e quartzo entre falhas até 3cm sob capas de óxidos e hidróxidos de Fe e Mn. Cristais grandes sem brilho até 1 cm na forma bipiramidal, podem ocorrer sozinhos e às vezes acompanhados por revestimentos de Pseudomalaquite. A melhor representação é caracterizada por cristais brilhantes em drusas de cristais até 3mm que cobrem planos de clivagem em xisto. Estes planos de clivagem são invariavelmente preenchidos com drusas sacaroides de cristais de quartzo, sob as quais cristaliza a Libethenite fazendo um belo efeito estético, tornando estas amostras dignas de qualquer coleção de minerais. A Libethenite de Miguel Vacas para todos os efeitos rivaliza com as congéneres da localidade tipo da mina Rokana na Zâmbia e da mina Burra Burra na Austrália.

Pseudomalaquite - 6,5x3,5x2cm
Pseudomalaquite - 6,5x3,5x2cm
Pseudomalaquite - 6x3,5x3cm
Pseudomalaquite - 6x3,5x3cm
Pseudomalaquite - 10x5x3,5cm
Pseudomalaquite - 10x5x3,5cm
Pseudomalaquite - 10x6x5cm
Pseudomalaquite - 10x6x5cm

A Pseudomalaquite - Cu5(PO4)2(OH)4 está bem representada na bancada 363 com pelo menos duas gerações de crescimento. Cristais únicos não foram observados, mas o mineral é certamente cristalino. O modo de ocorrência é o mesmo da Libethenite, a qual aparece em pequenas esférulas que se fundem para formar massas botrioidais que acompanham por vezes formações de Malaquite. A maior parte da Pseudomalaquite está representada na extremidade N da bancada 363. Ocasionalmente uma segunda geração de pequenas esférulas de cor verde-esmeralda sobrepõe-se à primeira. As amostras mais bonitas, de tamanho micro encontram-se no extremo sul da bancada associada à Libethenite. 

Malaquite sobre Pseudomalaquite - 8x5,5x5 cm -
Malaquite sobre Pseudomalaquite - 8x5,5x5 cm -
Malaquite, Pseudomalaquite, Quartzo - 8x6x4cm -
Malaquite, Pseudomalaquite, Quartzo - 8x6x4cm -
Malaquite - 15x12mm
Malaquite - 15x12mm
Malaquite sobre Pseudomalaquite - 20x10mm
Malaquite sobre Pseudomalaquite - 20x10mm

A Malaquite - Cu2(CO3)(OH)2 tem a melhor representação acima dos níveis da bancada 363. Nestes níveis, vê-se frequentemente substituições de Pseudomalaquite em Malaquite, mas nunca de Libethenite. Bandas radiadas de Malaquite após Pseudomalaquite são comuns e substituições completas têm sido observadas.

Azurite - 5x4x3cm
Azurite - 5x4x3cm
Azurite - 20x10mm
Azurite - 20x10mm
Azurite - 5x3,5cm
Azurite - 5x3,5cm
Azurite sobre Malaquite - 20x10mm
Azurite sobre Malaquite - 20x10mm

A Azurite - Cu3(CO3)2(OH)2 está confinada ao extremo norte do nível da bancada 363 na brecha xistosa adjacente ao xisto de grafite. Os cristais são pequenos, raramente ultrapassam os 3 mm, e estão implantados sob capas de óxidos e hidróxidos de Fe e Mn. Acompanha normalmente com Libethenite e Malaquite. As amostras têm brilho marcante, mas a Azurite é claramente de fase mais jovem. Foi observado pseudomorfoses de Azurite em Malaquite em várias amostras.

Reichenbachite, Pseudomalaquite – 4,5x4x3cm
Reichenbachite, Pseudomalaquite – 4,5x4x3cm
Reichenbachite, Malaquite – 4,5x2,5x1cm
Reichenbachite, Malaquite – 4,5x2,5x1cm
Reichenbachite - 6x4cm
Reichenbachite - 6x4cm
Reichenbachite em Quartzo - 35x25mm
Reichenbachite em Quartzo - 35x25mm

A Reichenbachite - Cu5(PO4)2(OH)4 está representada na bancada 363 e aparece em pequenos cristais bipiramidais até 2mm de cor verde escuro. À primeira vista confunde-se com Libethenite. É de fase mais jovem e geralmente cristaliza em pequenas cavidades de Quartzo ou sob Pseudomalaquite ou Malaquite.

Zapatalite sobre Quartzo - 8x7x5cm
Zapatalite sobre Quartzo - 8x7x5cm
Zapatalite - 14x12x10cm
Zapatalite - 14x12x10cm
Zapatalite - 4x2x2cm
Zapatalite - 4x2x2cm
Zapatalite - 4x3x2cm
Zapatalite - 4x3x2cm

A Zapatalite - Cu3Al4(PO4)3(OH)9 · 4H2O está representada na bancada 363 e aparece em cavidades de Quartzo em crostas, pequenas esferas ou cristais até 2mm de cor azul claro. À primeira vista confunde-se com Planerite e Turquesa. Normalmente está associada à Pseudomalaquite.

Chalcosiderite, Al-Strengite – 5x4x2cm
Chalcosiderite, Al-Strengite – 5x4x2cm
Chalcosiderite - 4x4x3cm
Chalcosiderite - 4x4x3cm
Chalcosiderite, Al-Strengite – 8x4mm
Chalcosiderite, Al-Strengite – 8x4mm
Chalcosiderite, Al-Strengite – 10x8mm
Chalcosiderite, Al-Strengite – 10x8mm

A Chalcosiderite - CuFe6(PO4)4(OH)8 · 4H2O está confinada ao extremo norte da bancada 363 em xistos grafíticos e aparece em crostas com cristais milimétricos de cor verde clara. Normalmente está associada a Cacoxenite e Strengite e cristaliza em pequenas cavidades no xisto grafítico.

Wavellite, Cacoxenite, Chalcosiderite - 18x6x6cm
Wavellite, Cacoxenite, Chalcosiderite - 18x6x6cm
Wavellite - 5x4x2cm
Wavellite - 5x4x2cm
Wavellite – 8x5mm
Wavellite – 8x5mm
Wavellite, Rashleighite – 5x3mm
Wavellite, Rashleighite – 5x3mm

A Wavellite - Al3(PO4)2(OH,F)3 · 5H2O está confinada nos níveis superiores de oxidação acima dos 30m. Aparece em micro cristais piramidais até 2mm de cor branca ou incolor e em crostas verde claras. Está associada a Libethenite e Pseudomalaquite e aparece em pequenos cavidades no xisto.

Cacoxenite - 5x4cm
Cacoxenite - 5x4cm
Cacoxenite, Al-Strengite - 5x5mm
Cacoxenite, Al-Strengite - 5x5mm
Cacoxenite sobre Quartzo - 20x10mm
Cacoxenite sobre Quartzo - 20x10mm
Cacoxenite - 10x7x6cm
Cacoxenite - 10x7x6cm
Strengite - 4x2cm
Strengite - 4x2cm
Al-Strengite, Libethenite - 5x5mm
Al-Strengite, Libethenite - 5x5mm

A Cacoxenite - Fe24AlO6(PO4)17(OH)12 · 75H2O e a Strengite - FePO4 · 2H2O estão confinadas ao extremo norte da bancada 363 em xistos de grafite. Aparecem em esferas até 3mm. Normalmente estão associadas à Chalcosiderite e cristalizam em pequenas cavidades de Quartzo no Xisto.

Turquesa, Cacoxenite - 7x5mm
Turquesa, Cacoxenite - 7x5mm
Rashleighite, Libethenite - 15x10mm
Rashleighite, Libethenite - 15x10mm

A mina tem representações de outros minerais secundários de cobre como a Turquesa e a sua variedade Rashleighite, Planerite, Brochantite, Cuprite, Cobre nativo, etc. Minerais de alteração recente devido à presença de água na mina é relatado a Calcantite e a Copiapite.

Planerite - 10x5mm
Planerite - 10x5mm
Copiapite, Enxofre - 6x5x2cm
Copiapite, Enxofre - 6x5x2cm
Goethite, Quartzo, Libethenite - 4x3x2cm
Goethite, Quartzo, Libethenite - 4x3x2cm
Cobre Nativo - 7x6x5cm
Cobre Nativo - 7x6x5cm
Cuprite - 7x3,5x2,5cm
Cuprite - 7x3,5x2,5cm
Brochantite - 3,5x2,5x2cm
Brochantite - 3,5x2,5x2cm
Calcite - 26x12x9cm
Calcite - 26x12x9cm
Calcite sobre Quartzo - 4,5x4x3cm
Calcite sobre Quartzo - 4,5x4x3cm

A Calcite - CaCO3 está representada na bancada 363 e aparece no encosto do mármore em placas de cristais lenticulares até 3cm de cor branco sujo. Forma séries com a Ankerite e cristaliza em cavidades de Quartzo.

Quartzo – 20x19x15cm
Quartzo – 20x19x15cm
Dendrite sobre Quartzo - 10x6x4cm
Dendrite sobre Quartzo - 10x6x4cm
Quartzo, Pseudomalaquite - 8x7x6cm
Quartzo, Pseudomalaquite - 8x7x6cm
Drusa de Quartzo - 23x22x6cm
Drusa de Quartzo - 23x22x6cm

O Quartzo – SiO2 - é o principal catalisador da mineralização e acompanha as falhas no xisto até aos níveis superiores da mina. Nas áreas adjacentes aos 42m de profundidade, o Quartzo preenche as falhas e cavidades em drusas de pontas de cristal até 20cm. Acompanha o filão do cobre caracterizado pela oxidação do minério primário onde verifica-se Goethite, Cuprite, Cobre Nativo e minerais secundários de cobre. Verifica-se também vestígios de Calcopirite e pseudomorfoses de cristais de Pirite em Goethite. A Cuprite, o Cobre Nativo e os minerais secundários de cobre, acompanham o veio de Quartzo até ao nível superior da bancada 380, localizado no lado sul da mina. Aqui o Cobre Nativo aparece terroso com nódulos de Malaquite no encosto entre o xisto e o veio de Quartzo.

Martins da Pedra

Referências:

Miguel Vacas Mine, Nossa Senhora da Conceição e São Bartolomeu, Vila Viçosa, Évora, Portugal (mindat.org)