Maciço Calcário da Estremadura

Rio Maior

Pedreira Cabeça Gorda - Serra dos Candeeiros -Setembro de 2020
Pedreira Cabeça Gorda - Serra dos Candeeiros -Setembro de 2020

Introdução

O Maciço Calcário da Estremadura enquadra-se no Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros. As múltiplas concessões para a exploração de calcário na área do Maciço vão fornecendo ao longo do tempo uma das melhores representações de cristais de Calcite em Portugal. Como entusiasta colecionador de cristais de calcite, vou visitando ao longo dos anos as pedreiras para recolher as diversas geometrias cristalográficas deste mineral frágil e lindíssimo, principalmente nas tonalidades meladas. 

Geologia

Fig. 1 - Bacias Sedimentares
Fig. 1 - Bacias Sedimentares

Geologicamente, a maioria dos afloramentos calcários em Portugal distribuem-se nas bacias de interior e são quase totalmente de idade mesozoica. Estes sedimentos de rochas carbonatadas e detríticas foram gerados com maior expressão e extensão na Bacia Lusitana (Fig. 1), que é representada cartograficamente por uma extensa área do Meso Cenozoico, que se estende por mais de 250 km de Aveiro a Setúbal, não ultrapassando 60 km de largura. O seu eixo de espessura máxima segue uma estrutura geral NNE-SSW. Constitui uma área emersa (onshore) com cerca de 20.000 km2 e estende-se com algum destaque até à plataforma continental, onde o Maciço Calcário da Estremadura tem a sua maior representação. A bacia está repleta de sedimentos cuja idade se estende desde o Triássico Superior e está incluída na família das bacias marginais atlânticas, que tiveram a sua origem na distensão Mesozoica e posterior abertura do oceano do Atlântico Norte.

Fig. 2 - Maciço Calcário da Estremadura
Fig. 2 - Maciço Calcário da Estremadura

O Maciço Calcário da Estremadura (Fig. 2) está representado quase totalmente pelo Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros e situa-se entre a Estremadura e o Ribatejo. Constitui uma barreira natural elevada, que separa os baixos-relevos do litoral às planícies da fértil bacia sedimentar do Tejo. Divide-se entre os distritos de Leiria e Santarém e abrange áreas parciais dos concelhos de Alcanena, Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior, Santarém, Torres Novas, compreendendo 32 freguesias numa área de aproximadamente 35.000 hectares.

Fig. 3 - Mapa Geológico do Maciço Calcário da Estremadura
Fig. 3 - Mapa Geológico do Maciço Calcário da Estremadura

O Maciço divide-se em quatro zonas distintas: Serra do Aire, Serra dos Candeeiros, Planalto de Santo António e Planalto de São Mamede. A separar estas quatro áreas elevadas, encontram-se duas grandes cristas tectónicas - as depressões de Mendiga (orientadas NNE-SSW) e Alvados e Minde (NW-SE). Possui a maior representação e extensão das rochas calcárias do Jurássico Médio em Portugal, o que permitiu o desenvolvimento de vários fenómenos de carstificação, cuja caracterização é específica destas rochas carbonatadas. 

Gruta de Mira de Aire - redacao@regiaodeleiria.pt
Gruta de Mira de Aire - redacao@regiaodeleiria.pt
Gruta de Santo António - J. G.
Gruta de Santo António - J. G.

São famosas as estruturas subterrâneas relacionadas com as grutas de Santo António, Mira de Aire, Moeda, Alvados e Algar do Pena. 

Pedreira do Galinha - Pegadas de Dinossauros
Pedreira do Galinha - Pegadas de Dinossauros

Em relação a testemunhos paleontológicos, merecem referências os icnofósseis de dinossauros do período Jurássico localizados na Pedreira do Galinha, junto à aldeia do Bairro. 

Salinas da Fonte da Bica - Setembro de 2020
Salinas da Fonte da Bica - Setembro de 2020
Mina do Espadanal - Setembro de 2020
Mina do Espadanal - Setembro de 2020

Destacar a natureza dos depósitos evaporíticos de sal gema que emergem numa estreita faixa de origem tectónica entre Rio Maior e Porto de Mós com destaque para a salina ativa da Fonte da Bica.

Em Rio Maior para além da exploração de sal, também em tempos se explorou alguns depósitos de carvão, hoje abandonados como exemplo a Mina do Espadanal que explorava o Lignito. 

Pedreiras de Basalto

Pedreira Serra do Outeiro - Setembro de 2020
Pedreira Serra do Outeiro - Setembro de 2020
Pedreira Serra do Outeiro - Britadeira -Setembro de 2020
Pedreira Serra do Outeiro - Britadeira -Setembro de 2020

Na mesma faixa tectónica assinalada a vermelho no mapa geológico  do Maciço Calcário (Fig. 3) e a norte de Rio Maior na Portela da Teira, emergem rochas basálticas no seio do calcário. O basalto é explorado ativamente pela pedreira da Serra do Outeiro e pela pedreira da Pena presentemente desativada. A visita a estas pedreiras justificou-se para a procura de zeólitos, devido ao contacto entre o basalto e o calcário. Em ambas as pedreiras observou-se não haver vestígios de zeolitização, contudo na pedreira da Pena é de assinalar geologicamente a apresentação da disjunção colunar do basalto.   

Pedreira da Pena (colunas de basalto) - Setembro de 2020
Pedreira da Pena (colunas de basalto) - Setembro de 2020
Pedreira da Pena (disjunção colunar) - Setembro de 2020
Pedreira da Pena (disjunção colunar) - Setembro de 2020

Pedreiras de Calcário da Serra dos Candeeiros

A importância económica das rochas calcárias como ornamentais ou como matéria-prima para a indústria de construção, faz com que a zona do Maciço Calcário da Estremadura seja muito procurado para a concessão de pedreiras. São cinco as áreas principais onde a atividade mineira se desenvolve: Zonas do Pé da Pedreira, Moleanos, Codaçal, Alvados e Fátima. As quatro primeiras estão abrangidas pela área do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros. Dada a complexidade e densidade das pedreiras ativas no Maciço e o facto das representações cristalográficas mais interessantes de Calcite serem quase inteiramente específicas de calcários dolomíticos ou calcários com bancadas espáticas, este estudo é focado em explorações com estas características geológicas na Serra dos Candeeiros, localizadas quase na totalidade no concelho de Rio Maior do distrito de Santarém e cujos acessos são facilitados pela estrada N-1, que contorna a totalidade desta Serra.

Localização por Satélite das Pedreiras ativas na Serra dos Candeeiros
Localização por Satélite das Pedreiras ativas na Serra dos Candeeiros

1 - a) Pedreira do Vidro 

1 - b) Pedreira Vale Rodrigues.

2 – Pedreira Vale Loureiras.

3 – Pedreira Cabeça Gorda.

4 – Pedreira Cabeça da Chã. 

5 – a) Pedreira Srª. da Luz 

5 - b) Pedreira Tecnovia.

Aviso Quem pretende visitar estas pedreiras é sugerido pedir autorização de acesso para recolha de amostras. As autorizações dificilmente são concedidas por questões de segurança, pois as frentes das pedreiras de calcário são locais extremamente perigosos onde são frequentes os deslizamentos de pedras, bem como o manuseamento de explosivos nestes locais que invariavelmente não deflagram e ficam por vezes expostos após o desmonte do calcário.

1 - a) Pedreira do Vidro 

Pedreira do Vidro – Março de 2006
Pedreira do Vidro – Março de 2006
Pedreira do Vidro – Dezembro de 2020
Pedreira do Vidro – Dezembro de 2020

Passando a aldeia de Moita do Poço em direção à Serra, a Pedreira do Vidro é uma antiga pedreira de calcite que se localiza à esquerda do caminho de acesso à pedreira ativa de Vale Rodrigues. Esta pedreira situa-se já no concelho de Alcobaça do distrito de Leiria. É um clássico da mineralogia portuguesa devido à representação estupenda dos cristais de calcite. Como o nome sugere teve um período ativo de exploração durante a década de setenta do século passado na extração de calcite que na época era utilizada para vitrificação de cerâmica. Presentemente é proibido recolher cristais de calcite nesta pedreira desativada, pois a mesma foi legislada como património geológico e por conseguinte está sujeita a fiscalização pela GNR do ambiente.  

Bancada de Calcite - Março de 2006
Bancada de Calcite - Março de 2006
Bancada de Calcite - Março de 2006
Bancada de Calcite - Março de 2006

Geologicamente esta pedreira apresenta-se com uma impressionante bancada de calcite no meio do calcário e que está provavelmente relacionada com uma falha secundária assinalada no mapa geológico junto à povoação da Moita do Poço. Durante a exploração, esta bancada de Calcite foi desmontada manualmente em alguns locais, onde localmente apresenta inúmeras cavidades com cristais de Calcite.  

Cavidades com cristais - Março de 2006
Cavidades com cristais - Março de 2006
Disposição da calcite - Março de 2006
Disposição da calcite - Março de 2006

As cavidades maiores apresentam indivíduos cristalizados com dimensões consideráveis. Ao longo do tempo a propriedade cristalográfica foi sendo removida e presentemente a maioria das cavidades estão vazias.  

Prospeção dentro do "Vidro" - Março de 2006
Prospeção dentro do "Vidro" - Março de 2006

A cristalização característica desta pedreira apresenta-se em grupos cristalográficos paralelos de escalenoedros com cor branca acinzentada ou melada. Em alguns lugares os cristais apresentam crescimento zonado ou biterminados em múltiplos indivíduos. Os cristais flutuantes de cor melada são extraordinariamente belos e estéticos e são cobiçados por colecionadores de minerais.

1 - b) Pedreira Vale Rodrigues 

Pedreira Vale Rodrigues (acesso) - Julho 2004
Pedreira Vale Rodrigues (acesso) - Julho 2004
Vale Rodrigues (britagem) - Setembro de 2023
Vale Rodrigues (britagem) - Setembro de 2023

Passando a Pedreira do Vidro que se encontra à esquerda do caminho, a entrada da Pedreira Vale Rodrigues situa-se em frente. Esta pedreira ao longo dos anos tem laborado numa zona de calcário pobre em cavidades e foi sendo menosprezada na procura de cristais de calcite por esse motivo. Em meados de 2023 a frente de trabalho avançou para sul num calcário diferente e abriu uma cavidade enorme com cristais de calcite.  Entretanto a frente avançou e a cavidade foi engolida na exploração frenética para britagem do calcário.

Vale Rodrigues (acesso frente sul) -Setembro de 2023
Vale Rodrigues (acesso frente sul) -Setembro de 2023
Vale Rodrigues (frente sul) - Setembro de 2023
Vale Rodrigues (frente sul) - Setembro de 2023
Vale Rodrigues (Cavidade em derrocada) - Setembro de 2023
Vale Rodrigues (Cavidade em derrocada) - Setembro de 2023
Vale Rodrigues (rebanho de cabras) - Setembro de 2023
Vale Rodrigues (rebanho de cabras) - Setembro de 2023

Os cristais são parecidos com os da Pedreira do Vidro em que os escalenoedros apresentam-se  mais brilhantes e limpos e as faces mais bem definidas. As cores vão do melado fumado ao cinzento com impregnações. Verificou-se cristais excecionais biterminados com 50cm e algumas maclas.

2 - Pedreira Vale Loureiras 

Vale Loureiras (acesso) - Março de 2008
Vale Loureiras (acesso) - Março de 2008
Vale Loureiras (bancada superior) - Março de 2008
Vale Loureiras (bancada superior) - Março de 2008

Passando a povoação do Alto da Serra para norte, encontra-se à direita um caminho de acesso ao cume da Serra dos Candeeiros onde se situa um parque eólico. Após cerca de 2km, este caminho dá acesso às pedreiras ativas: (4) – Pedreira Cabeça da Chã, (3) – Pedreira Cabeça Gorda e (2) - Pedreira Vale Loureiras, a qual explora algum calcário dolomítico em agregados para construção por desmantelamento em bancadas. 

Vale Loureiras (Bancada inferior) - Março de 2008
Vale Loureiras (Bancada inferior) - Março de 2008
Vale Loureiras (britadeira) - Março de 2008
Vale Loureiras (britadeira) - Março de 2008
Vale Loureiras (gruta) - Setembro de 2020
Vale Loureiras (gruta) - Setembro de 2020
Interior de gruta - Setembro de 2020
Interior de gruta - Setembro de 2020

Entre as três pedreiras é a de menor envergadura, porém apresenta algumas cristalizações interessantes. Em meados de 2020 a frente de trabalho da bancada inferior parou devido a abertura de uma cavidade natural com alguma envergadura.  A pedreira é caracterizada por cristalizações trigonais, às vezes com cristais grandes. Também em grupos de prismas hexagonais curtos e, mais raramente, em pequenos escalenoedros. 

3 - Pedreira Cabeça Gorda 

Cabeça Gorda (aspeto geral) - Setembro de 2020
Cabeça Gorda (aspeto geral) - Setembro de 2020
Cabeça Gorda (bancada superior) - Março de 2006
Cabeça Gorda (bancada superior) - Março de 2006

A pedreira Cabeça Gorda tem uma envergadura impressionante em profundidade com várias bancadas de desmonte. Explora o calcário em agregados para construção, o qual é transportado até à britadeira localizada na pedreira Cabeça da Chã onde é processado em brita. Por motivos de segurança o perímetro e a entrada desta pedreira encontram-se vedados.  

Cabeça Gorda (bancadas de desmonte) - Março de 2006
Cabeça Gorda (bancadas de desmonte) - Março de 2006
Cabeça Gorda (bancadas de desmonte) - Março de 2006
Cabeça Gorda (bancadas de desmonte) - Março de 2006
Cabeça Gorda (Veio de Calcite) - Setembro de 2020
Cabeça Gorda (Veio de Calcite) - Setembro de 2020
Cristal "in situ" - Setembro de 2020
Cristal "in situ" - Setembro de 2020

Em Setembro de 2004 numa frente de trabalho, surgiu uma cavidade de tamanho considerável forrada com cristais escalenoedros até 10 cm de cor melada e que forneceu algumas drusas excecionais dente de cão para qualquer museu.

Cabeça Gorda - Macla Borboleta - 10x10x8cm
Cabeça Gorda - Macla Borboleta - 10x10x8cm
Cabeça Gorda - Pose com drusa de Calcite - Março de 2006
Cabeça Gorda - Pose com drusa de Calcite - Março de 2006

Como informação a drusa com 50x45x30cm está presentemente no Museu de História Natural de Lisboa.

4 - Pedreira Cabeça da Chã 

Cabeça da Chã - Março de 2008
Cabeça da Chã - Março de 2008
Cabeça da Chã - Março de 2006
Cabeça da Chã - Março de 2006

A pedreira Cabeça da Chã abrange uma área significativa de exploração de calcário em agregados para construção e tem frentes de trabalho que por vezes desmontam calcário dolomítico. O calcário apresenta por vezes algumas cavidades cristalográficas onde as representações são ricas e diferenciadas. Esta pedreira presentemente tem as frentes de trabalho encerradas e o perímetro vedado por ter chagado ao limite de área da concessão. O recinto desta pedreira continua a funcionar para processamento de calcário proveniente da Cabeça Gorda. 

Frente de Trabalho - Março de 2008
Frente de Trabalho - Março de 2008
Estrada entre Cabeça Gorda e Cabeça da Chã - Outubro de 2011
Estrada entre Cabeça Gorda e Cabeça da Chã - Outubro de 2011
Cabeça da Chã - Cavidade com calcite - Março de 2008
Cabeça da Chã - Cavidade com calcite - Março de 2008
Pose com cavidade de calcite - Março de 2008
Pose com cavidade de calcite - Março de 2008

Os cristais de calcite apresentam-se em prismas hexagonais curtos e longos e por vezes torcidos. Os cristais "cabeça de cravo" são característicos desta pedreira. Aparecem também cristalizações do tipo trigonal, escalenoédrico e combinações. A coloração da calcite e de acordo com o calcário, apresentam cores esbranquiçadas, amareladas ou meladas.

Cabeça da Chã - Cristalização "cabeça de cravo" - 30x9x8cm
Cabeça da Chã - Cristalização "cabeça de cravo" - 30x9x8cm

5 - a) Pedreira Srª. da Luz

Srª da Luz (vista norte) - Agosto de 2004
Srª da Luz (vista norte) - Agosto de 2004
Srª da Luz (vista sul) - Setembro de 2020
Srª da Luz (vista sul) - Setembro de 2020

A pedreira da Senhora da Luz localmente situa-se no Vale da Pedreira. O acesso faz-se dentro da povoação do Alto da Serra para W, passando por cima do IC-2 e descendo para o vale. Aqui é explorado o mesmo tipo de calcário em agregados para construção através de bancadas de desmonte, que abrange uma vasta área do vale onde para sul confina com a pedreira Tecnovia. Presentemente a pedreira Srª. da Luz deixou de laborar o calcário para britar e está a laborar uma frente W no desmonte em blocos. 

Srª da Luz (acesso) - Novembro de 2023
Srª da Luz (acesso) - Novembro de 2023
Srª da Luz (blocos) - Novembro de 2023
Srª da Luz (blocos) - Novembro de 2023
Srª da Luz - Novembro de 2023
Srª da Luz - Novembro de 2023
Srª da Luz (central de britagem) - Agosto de 2004
Srª da Luz (central de britagem) - Agosto de 2004

O calcário desmontado em blocos não apresenta ou raramente apresenta cavidades cristalográficas. As representações de calcite são  das frentes de trabalho mais antigas ricas em cavidades. A representação característica é escalenoédrica com cristais bem definidos até 10 cm ou mais. Os cristais biterminados e as maclas são comuns. Apresentam-se com cores meladas escuras e claras e para todos os efeitos os melhores exemplares são dignos de serem apreciados em qualquer vitrina de coleção.

Srª da Luz - cristal biterminado - 20x14x9cm
Srª da Luz - cristal biterminado - 20x14x9cm
Pose de Recolha - Outubro de 2022
Pose de Recolha - Outubro de 2022

5 - b) Pedreira Tecnovia

Tecnovia - (aspeto geral) - Novembro de 2023
Tecnovia - (aspeto geral) - Novembro de 2023
Tecnovia - (patamares inferiores) - Novembro de 2023
Tecnovia - (patamares inferiores) - Novembro de 2023

O acesso à pedreira da Tecnovia faz-se através da N-114 após passar por baixo do viaduto do IC-2. Esta pedreira pela imponência rivaliza com a pedreira Cabeça Gorda pela dimensão e profundidade das bancadas de desmonte, onde o calcário também é processado em agregados para construção (brita). O calcário do Vale da Pedreira é rico em cavidades, como o demonstram as frentes de trabalho na Tecnovia. 

Tecnovia - (patamares superiores) - Novembro de 2023
Tecnovia - (patamares superiores) - Novembro de 2023
Tecnovia - (frente com cavidades) - Novembro de 2023
Tecnovia - (frente com cavidades) - Novembro de 2023

Estas frentes estão focadas a W do vale, pois do lado oposto da pedreira o desmonte chegou ao limite da concessão.

Tecnovia - (britagem) - Novembro de 2023
Tecnovia - (britagem) - Novembro de 2023
Tecnovia - (relíquia) - Novembro de 2023
Tecnovia - (relíquia) - Novembro de 2023

As representações cristalográficas são escalenoédricas com cristais bem definidos que podem atingir grandes dimensões. As maclas e os cristais biterminados são comuns e os cristais apresentam-se em colorações amareladas e meladas, podendo apresentar impregnações de micro cristais de pirite.

Tecnovia - Macla com 30x12x12cm
Tecnovia - Macla com 30x12x12cm
Tecnovia - Drusa com 46x35x26cm
Tecnovia - Drusa com 46x35x26cm

Martins da Pedra

Referências:

António Manuel Ináçio Martins - The Calcite of Estremadura Limestone Massif (mindat.org)